quarta-feira, 26 de agosto de 2009

No pretérito.

Eu te quiz. Desde o primeiro momento numa foto distante, eu te quiz. Troquei sorrisos sem esperança, não acreditava que aqueles teus olhos brilhantes um dia iam fixar-se nos meus. Eu passava e nem te olhava.

Hoje olho.

Olho e não vejo mais aquele jeito maroto que um dia quiz guardar do lado da cama pra cheirar antes de dormir.

Hoje eu vejo uma lacuna no meio das pessoas, um buraco denso que eu ja quiz me afundar!

Eu me odeio em segundos por isso.

Odeio o fato de um dia ter te quisto e visto em você a possibilidade de mais noites de estrelas, de mais vontades e ventos na cara no meio de uma tarde, ou numa noite pastoril. Aquele beijo final no meio de um ônibus triste. Triste porque tu sempre tinhas que saltar antes de eu ir para casa com um sorriso colado por ter passado alguns terços de hora rindo de tuas idiotices que sempre achei que eram necessárias, mas que hoje, não cabem mais nem em uma janela de tela.

Eu te deixei livre. Mesmo morrendo por isso, eu te deixei voar!

Tu fugistes porque tu não precisas disso.

Tu nunca te importastes com o fato de que eu não via, e até via, os outros, mas que tu eras a minha dor de cabeça feliz. Só tu sabias me fazer cúmplice como ninguém.

Eu te amei, de uma jeito louco, estranho, mas meu.

Era amor.

Eu acho.







Por Lou, com modificações, para Nie.