quarta-feira, 26 de agosto de 2009

No pretérito.

Eu te quiz. Desde o primeiro momento numa foto distante, eu te quiz. Troquei sorrisos sem esperança, não acreditava que aqueles teus olhos brilhantes um dia iam fixar-se nos meus. Eu passava e nem te olhava.

Hoje olho.

Olho e não vejo mais aquele jeito maroto que um dia quiz guardar do lado da cama pra cheirar antes de dormir.

Hoje eu vejo uma lacuna no meio das pessoas, um buraco denso que eu ja quiz me afundar!

Eu me odeio em segundos por isso.

Odeio o fato de um dia ter te quisto e visto em você a possibilidade de mais noites de estrelas, de mais vontades e ventos na cara no meio de uma tarde, ou numa noite pastoril. Aquele beijo final no meio de um ônibus triste. Triste porque tu sempre tinhas que saltar antes de eu ir para casa com um sorriso colado por ter passado alguns terços de hora rindo de tuas idiotices que sempre achei que eram necessárias, mas que hoje, não cabem mais nem em uma janela de tela.

Eu te deixei livre. Mesmo morrendo por isso, eu te deixei voar!

Tu fugistes porque tu não precisas disso.

Tu nunca te importastes com o fato de que eu não via, e até via, os outros, mas que tu eras a minha dor de cabeça feliz. Só tu sabias me fazer cúmplice como ninguém.

Eu te amei, de uma jeito louco, estranho, mas meu.

Era amor.

Eu acho.







Por Lou, com modificações, para Nie.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Lou foi ser feliz.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Não tá bom, melhora

Tá cansada, senta
Se acredita, tenta
Se tá frio, esquenta
Se tá fora, entra
Se pediu, agüenta
Se pediu, agüenta...

Se sujou, cai fora
Se dá pé, namora
Tá doendo, chora
Tá caindo, escora
Não tá bom, melhora
Não tá bom, melhora...

Se aperta, grite
Se tá chato, agite
Se não tem, credite
Se foi falta, apite
Se não é, imite...

Se é do mato, amanse
Trabalhou, descanse
Se tem festa, dance
Se tá longe, alcance
Use sua chance
Use sua chance...


Se tá puto, quebre
Ta feliz, requebre
Se venceu, celebre
Se tá velho, alquebre
Corra atrás da lebre
Corra atrás da lebre...

Se perdeu, procure
Se é seu, segure
Se tá mal, se cure
Se é verdade, jure
Quer saber, apure
Quer saber, apure...

Se sobrou, congele
Se não vai, cancele
Se é inocente, apele
Escravo, se rebele
Nunca se atropele...

Se escreveu, remeta
Engrossou, se meta
E quer dever, prometa
Prá moldar, derreta
Não se submeta Não se submeta...

sábado, 16 de maio de 2009

Chico.

Parece que dizes
Te amo, Maria
Na fotografia
Estamos felizes
Te ligo afobada
E deixo confissões
No gravador
Vai ser engraçado
Se tens um novo amor
Me vejo a teu lado
Te amo?
Não lembro
Parece dezembro
De um ano dourado
Parece bolero
Te quero, te quero
Dizer que não quero
Teus beijos nunca mais
Teus beijos nunca mais

Não sei se eu ainda
Te esqueço de fato
No nosso retrato
Pareço tão linda
Te ligo ofegante
E digo confusões no gravador
E desconcertante
Rever o grande amor
Meus olhos molhados
Insanos, dezembros
Mas quando me lembro
São anos dourados
Ainda te quero
Bolero, nossos versos são banais
Mas como eu espero
Teus beijos nunca mais
Teus beijos nunca mais